venerdì 20 aprile 2007
preconceito
Eu digo que sou brasileira aqui e sempre sou muito bem recebida, as pessoas têm uma idéia positiva do Brasil em geral, e parece que não há tanto preconceito. Mas não é bem assim, a verdade verdadeira é que eu sou brasileira e branquinha, e isso faz a maior diferença. Não é raro que as pessoas comentem tipo "ah, você é brasileira?? mas você não é típica...", que vem da parte deles como um elogio, como se estivessem dizendo, você é brasileira mas na verdade é como nós, por isso é essa menina boazinha, ou por isso é inteligente, ou sei lá o quê. Ontem eu estava na livraria procurando um livro do Nietzsche (de acordo com a Ananda o Nietzsche pode resolver todos os meus problemas), fiquei batendo um papo com o dono da livraria (que percebeu que eu era brasileira através da simples pergunta "quanto vale este libro?", tamanha a tosqueira do meu sotaque), e ele no meio da conversa me perguntou se eu sabia o que era um substantivo ou um adjetivo. Outro dia também uma aluna minha comentou em aula que se fosse atendida por um médico latino ficaria com medo, suspeitando da universidade onde ele aprendeu a exercer a profissão. Eu costumo ficar muito ofendida quando isso acontece, me dá a maior vontade de fazer um discurso nacionalista, mas a verdade é que os latinos, paquistaneses, chineses etc com os quais o pessoal aqui tem contato normalmente são menos educados, muitos roubam, vandalizam... O fato é que a realidade é triste mesmo, nosso povo tem tanta gente sofrida, ignorante, que não tem a menor chance de aprender o que é um substantivo ou de ser um bom médico... O mundo está todo errado, é isso que tem que mudar, não adianta querer que as pessoas parem de ter preconceito e pronto. Como o coreano que saiu matando todo mundo em Virgínia, assim não se chega a lugar nenhum... não é? Acho que essa foto abaixo ilustra tudo isso muito bem.
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