lunedì 11 febbraio 2008
flower power
Eu tive uma educação meio hippie, tipo "all you need is love", e foi daí que eu escolhi ser professora de inglês, o que importa é fazer o que a gente ama e ponto. E, de fato, eu amo dar aula e acho difícil pensar em uma profissão que me realizaria tanto como essa (às vezes eu acho que também gostaria de ter sido advogada ou tipo detetive, mas nunca pensei nisso antes). Mas agora, rumo aos 30 (várias amigas minhas estão com a mesma questão nesse mesmo momento), eu me vejo trabalhando 12 horas por dia e ganhando o que eu ganho (isso porque estou numa das melhores escolas de Barcelona), e penso se eu quero estar nessa situação escrava pro resto da minha vida. E a resposta é não (a mesma a que chegaram minhas amigas), eu quero ter tempo livre pra estar com a família e fazer as coisas que eu gosto, e também preciso de mais dinheiro. Em outras palavras, quero trabalhar menos e ganhar mais, esse é o caminho que eu começo a traçar rumo aos 30. Mas eu não abro mão de continuar dando aula... O universo que se vire pra me dar uma solução!
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3 commenti:
Oi Querida,
Eu também tenho o mesmo dilema (embora uma profissão que pague um pouco mais). O mercado é cruel: as profissões mais gostosas (e.g., professor) são normalmente as menos remuneradas, justamente porque tem muita gente querendo fazer. As mais desgastantes são mais bem pagas. É claro que tem outros fatores que afetam essa oferta (e.g., anos de estudo necessário), existe a questão da demanda (se professor de inglês já come o pão que o diabo amassou, imagine os de francês), e nem tudo é curva de oferta/demanda nesse mundo (alguns profissionais filhos da puta, leia-se deputados federais e altos executivos, acabam tendo o poder de determinar -- ou pelo menos influenciar os próprios salários, o que é um mega conflito de interesses).
Bem, tudo isso para dizer que é preciso romper a revolta de que "o mundo é injusto" e se virar. O mercado é o que é, e enquanto não vier a revolução comunista (deus nos livre!) ou o cataclisma global (deus nos guarde!) nosso poder sobre ele é tão grande quanto a nossa capacidade de fazer chover.
Por que você não arruma uma coisa que te dê tanto dinheiro nas horas de trabalho que você possa se dar ao luxo de ter uma carga horária um pouco reduzida (digamos 35 ou 40 horas em vez de 48), e depois vá dar aulas de inglês para africanos/latinos/tailandeses pobres nas horas vagas?
Putz Mary.
Eu não consegui explicar e vc aqui no seu blog acabou indo direto aonde a discussão ferveu na casa do Du. E é a minha e a opinião do Chelo. A maneira como a gente enxerga o problema foi determinante nas nossas escolhas e agora vemos que uma dose de pragmatismo e realismo nos teria sido útil pra entender como o mundo realmente é.
E pelos comentários aqui, o dilema é um tema q afeta a muitos.
Nando, achei fantástica a sua explicação pra nossa "síndrome do menino bom". É isso aí, a gente vai aprendendo a diferença entre ser bacana e panaca, vai aprendendo a se defender... Eu tenho visto cada vez mais claramente que são coisas diferentes. Quem quiser ler está no blog da minha família: www.oscrocantes.blogspot.com
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