sabato 30 agosto 2008

A DONA CÂNDIDA

Eu deixei por último a dona Cândida, que foi umas das coisas mais especiais da viagem. A gente a conheceu nas escadarias de uma igreja em Lisboa. Ela estava sentada comendo um sanduíche de pão com queijo e me ofereceu um pedaço. A dona Cândida é mais uma velhinha completamente abandonda nessa vida, uma dessas pessoas que não vai causar o menor impacto no mundo quando morrer, que mora num asilo numa cidade vizinha. Ela tinha uma sacolinha com possivelmemente tudo que ela tem na vida, os documentos, as 5 fotografias, uma garrafinha de água e outro sanduíche. E tinha também só um dente.

Eu não sei bem explicar o que foi sobre a dona Cândida que mexeu tanto comigo, mas eu posso dizer que o Olimar também ficou todo baqueado. Tiramos umas fotos com ela e no dia seguinte fomos lá no asilo (foi idéia do Olimar) levar as ampliações pra ela com mais uns docinhos. Ficou aquela sensação de como pode o mundo continuar girando se a dona Cândida está lá toda esquecida...



venerdì 29 agosto 2008

LIXBOA

E foi em Lixboa que tudo mudou realmente. Em primeiro lugar, ficamos na casa do Andreas (quem se lembra do Andreas?) e da Míriam, que nos receberam que nem a família real. A gente começou fazendo um passeio numas quebradas, as paisagens mais lindas.

Uma das comidas muito gostosas que a Míriam fez pra gente com uns amigos muito bacanas.

Aqui umas fotos da cidade e de nóis


O "Elevador Lacerda" (eles também têm cidade baixa e cidade alta)
Essas são no Parque das Nações, muito bonito.

Subimos de bondinho pro alto de um morro pra ver o Castelo de são Jorge, uma vista lindíssima de Lisboa.






Olimar conseguiu comer uma boa bacalhoada

Esse é o Monumento aos Descobridores. Na frente do monumento tem um mapa do mundo com todos os lugares que Portugal "descobriu".


E eu comecei a me sentir diferente primeiro porque achei Lisboa muito bonito, muito parecido com Salvador e com o Rio em algumas partes. Mas além disso, comecei a entender melhor a relação que os Portugueses têm com os Brasileiros, me pareceu uma mistrura entre grande admiração e incômodo. Parece que o Brasil realmente engoliu Portugal, tanto pelo número de imigrantes que tem lá, mas também pela invasão cultural. Eles assistem às novelas, têm canais Brasileiros, ouvem música Brasileira em toda parte, entendem absolutamente tudo que a gente fala. A gente, por outro lado (e agora eu descobri que infelizmente), não sabe como é a vida lá, como eles são, e tem a maior dificuldade de entender o sotaque (às vezes quase parece outro idioma).

O país em geral tem uma atmosfera meio triste, melancólica, mas acho que não é uma coisa negativa e sim um tipo de timidez, as pessoas falam baixinho, muito diferente dos outros países latinos, Itália, Espanha... Eles parecem não ter aquele sentimento de grandeza europeu. Mas é isso, em geral senti uma grande ternura, voltei com eles e com o país dentro do meu coração. Poix...

ÓBIDOS

Depois a gente saiu de Porto e fomos pra uma cidadezinha chamada Óbidos, que é tipo Tiradentes (esses Portugueses imitaram a nossa arquitetura :-) mas com uma muralha e um castelinho em volta. É lindo de morrer, aquela coisa pra turista ver.


Como a cidade é muito cara e meu amor muito econômico, fomos dormir numa cidade lá perto chamada Amoreira, que é o maior buraco que já vi nessa vida, tipo só tem um lugar onde pega internet, mas só de 2ª a 6ª (todo mundo sabe que eu não sou muito chegada em roça. Eu fui no mercado comprar um champu - pelo amor de deus, como escreve champu em Português?? - e a vendedora estava ali matando um coelhinho no meio do corredor, o coelho não morria nem a pau, a coisa mais macabra que eu já vi). Nessa noite estava rolando a festa anual da cidade, todos os habitantes (tipo umas 30 pessoas) estavam na praça principal, que é onde ficava nossa pousada. 





Ixperando o comboio (lá eles não falam trem) pra ir pra Lixboa...

mercoledì 27 agosto 2008

PURTUGAL

Eu vou começar dizendo uma coisa. Eu cheguei em Portugal toda rancorosa, tipo, vou levar um bocado desse ouro de volta pro Brasil, reclamava de tudo, achei que aquilo ali não tinha nada a ver com a gente. Depois de uma semana vim embora com o coração cheio de ternura por eles, pela terra, senti que somos total parte deles e eles de nós (meu metamorfósico ascendente em gêmeos!).

Começamos de novo do começo então, Porto.

Eu não gostei muito de Porto a princípio, mas, como eu disse, eu estava no humor colonizada ressentida no início da viagem, então não sei como seria se eu fosse lá de novo agora. O que me incomodou é que senti uma atmosfera triste... A coisa boa é que lá se come muito barato, e a gente conseguiu comer uns PFs (que eu amo!), arroz, feijão, bife, salada, até empaturrar.

No primeiro dia eu vesti de Purtugal

Logo na chegada nós encontramos esse menino figura cantando na porta da igreja (diga-se de passagem, as igrejas não são tão bonitas quanto as que eles fizeram no Brasil, faltou escravo por aqui.)




Olha que dilícia, encontramos lá a queridézima Bárbara (minha outra quse irmã) e o Rô, o maridão dela.
Fomos num desses negócios de provar vinho (não gostei de vinho do Porto).

Depois a gente foi numa cidade lá do lado ver uns prédios importantes (com meu arquiteto é assim), era na beira da praia, uma paisagem muito bonita.

Comprei anéis de Portugal (eu adoro verde e vermelho!)

martedì 26 agosto 2008

LONDON

Começando do começo, Londres foi a nossa primeira parada. Como muitos sabem esse é um dos lugares no mundo em que eu me sinto em casa, de uma forma muito especial.

Como Jack o estripador, vamos por partes:

O VERÃO INGLÊS
Saímos de 36 graus em Barcelona e em Londres fazia 10 graus, um frio do cão... A questão é, quem se importa com o tempo em um lugar como este???

Aqui nós no maravilhoso verão inglês:



Um cara tomando um "solzinho" no parque
AS PESSOAS
Uma das grandes vantagens de ir a Londres agora é poder encontrar a Marina, minha quase irmã. É muito bom ver como ela está tão feliz com o amorão grego dela.

Velhos tempos, a gente cozinhando. A Marina continua a mesma, vejam bem.

A Marina fez um jantarzinho grego delicioso pra nós (tá aprendendo coma sogra). Reparem na camisa de Sete Lagoas do Alexis, o cara mais fanático por futebol que eu já vi nesse planeta.

A gente também não pôde perder a oportunidade de visitar o David, um dos caras mais loucos do mundo, e um dos responsáveis pela minha conexão com essa terra. Ele mesmo está reformando a casa toda, junto com alguns amigos, um projeto de meses de duração. Como não poderia deixar de ser, tomamos um chá.
Encontramos também um amigo do Olimar que está morando lá, o Podestá. Ele levou a gente num restaurante vietnamita muito gostoso. O que chamou a atenção mesmo foi essa sobremesa tricolor de dar nó no estômago: feijão, uma verdura que não sei o que é, e leite de coco.
OS LUGARES
Dessa vez visitamos o Hampstead Heath, um dos meus lugares favoritos no mundo. É um parque (um dos vários) gigantesco no norte de Londres, uma paisagem maravilhosa, uma paz que faz a gente esquecer que está no meio de uma das maiores cidades do mundo.






O Outro lugar que eu amo em Londres é o mercado de Camden Town, o bairro dos malucões. A coisa mais encantadora dessa cidade é essa combinação do mega exótico com o tradicional tipo chá das cinco.

Eu, Podestá e Neus (uma ex aluna catalã que foi morar em Londres) tomando um chá e fumando um narguilê (não é tabaco, é um negócio de maçã)

Olimar com o óculos de nerd alternativo.

Eu no canal de Camden.


O ANIVERSÁRIO DO OLIMAR

O meu leão fez 32 anos no dia 19 de agosto, e a gente fez um jantarzinho lá na casa da Marina. Ela fez esse bolo de chocolate magnífico.



Pra terminar, foto de amor aleatória. Em breve vem Purtugal!