sabato 30 agosto 2008

A DONA CÂNDIDA

Eu deixei por último a dona Cândida, que foi umas das coisas mais especiais da viagem. A gente a conheceu nas escadarias de uma igreja em Lisboa. Ela estava sentada comendo um sanduíche de pão com queijo e me ofereceu um pedaço. A dona Cândida é mais uma velhinha completamente abandonda nessa vida, uma dessas pessoas que não vai causar o menor impacto no mundo quando morrer, que mora num asilo numa cidade vizinha. Ela tinha uma sacolinha com possivelmemente tudo que ela tem na vida, os documentos, as 5 fotografias, uma garrafinha de água e outro sanduíche. E tinha também só um dente.

Eu não sei bem explicar o que foi sobre a dona Cândida que mexeu tanto comigo, mas eu posso dizer que o Olimar também ficou todo baqueado. Tiramos umas fotos com ela e no dia seguinte fomos lá no asilo (foi idéia do Olimar) levar as ampliações pra ela com mais uns docinhos. Ficou aquela sensação de como pode o mundo continuar girando se a dona Cândida está lá toda esquecida...



2 commenti:

Anonimo ha detto...

ficou a sensaçnao de que vocês fizeram algo que todo mundo pode fazer bem pequeno... dar atenção aos outros... que é tão pouco... tão pouco tão pouco... mas pro outro é tanto, tanto tanto...

lagrima.

beijos. fabio

Cris Crocco ha detto...

Ai ai, filha, vc e Olimar me emocionaram demais, me emocionam sempre.Que Deus abençoe vcs.

Lágrima tb.

Mamãe